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Reunião conjunta debate vacinação compulsória contra raiva e conservação de estradas rurais em Serranópolis do Iguaçu

Conselhos municipais trataram de medidas obrigatórias de imunização em animais e orientações para manutenção de vias rurais

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente
sex, 17 out 2025 - 15:59

Reunião conjunta debate vacinação compulsória contra raiva e conservação de estradas rurais em Serranópolis do Iguaçu

Na tarde de quarta-feira (15), o Governo Municipal de Serranópolis do Iguaçu promoveu uma reunião conjunta do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Serranópolis do Iguaçu (COMASI), realizada na sala de reuniões da Prefeitura. O encontro reuniu representantes de órgãos estaduais e produtores rurais para discutir medidas sanitárias e de infraestrutura rural.

Durante a reunião, o médico-veterinário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Thales Amaral Perufo, destacou a gravidade da situação epidemiológica da raiva na região Oeste do Paraná. Segundo ele, neste ano foram registrados três focos da doença em Serranópolis do Iguaçu e onze em Medianeira, o que levou o Governo do Estado a determinar a vacinação compulsória de herbívoros.

“Bovinos acima de três meses precisam ser vacinados e repetir a dose entre 21 e 30 dias depois. A vacinação também é obrigatória para equinos, além de recomendada para ovinos e suínos de fundo de quintal. O prazo para imunização é de até seis meses, ou até a próxima campanha de atualização do rebanho”, explicou Perufo.

Ele orientou os produtores a adquirirem as vacinas, guardarem as notas fiscais e, futuramente, registrarem a imunização em um sistema específico. O não cumprimento da medida poderá acarretar bloqueio no cadastro e impedimento da emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA).

Perufo também reforçou a importância da vigilância sanitária: animais que apresentarem sintomas neurológicos — como andar cambaleante, deitar de lado ou virem a óbito nessas condições — devem ser comunicados à Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente ou à ADAPAR, pelo telefone (45) 3236-8300, pelo telefone (45) 3264-3499.

Na sequência, o engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Max Sander Souto, abordou a importância da conservação de estradas rurais. Ele destacou que, além de garantir a mobilidade, as vias têm papel direto na preservação do solo e da água.

“Quando uma estrada não é bem conservada, ela pode acelerar o escoamento de água, gerando erosão ou danos patrimoniais. Mas, quando feita com técnica, permite o trânsito mesmo em dias chuvosos e protege o entorno”, afirmou Souto.

Ele explicou que ações como a construção de lombadas e curvas de nível — conhecidas como “’bigodes’ de distribuição de água” — ajudam a evitar processos erosivos. O engenheiro também destacou a importância da colaboração dos proprietários lindeiros, lembrando que o uso incorreto das margens das estradas, como o plantio até o limite das vias, compromete a durabilidade das obras públicas e o acesso da própria comunidade.

Durante a reunião, representando o Conselho Municipal de Meio Ambiente, o chefe do departamento de meio ambiente, Junior Britzke, apresentou o cronograma de coleta dos materiais recicláveis no interior do município e fez um alerta sobre o descarte incorreto de materiais contaminados, como seringas, bolsas de sêmen e medicamentos vencidos. Esses resíduos devem ser entregues nos locais de compra ou nos postos de coleta, assim evitando riscos de acidentes com os servidores da coleta.

Britzke também destacou que alguns Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), estão recebendo resíduos inadequados, como orgânicos e rejeitos. Esses pontos são exclusivos para materiais recicláveis. O chefe do departamento orientou ainda que os materiais sejam colocados em bolsas de ráfia ou sacolas mais resistentes, nunca soltos dentro dos PEVs, para evitar que animais espalhem resíduos.

Fotos da reunião

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